quarta-feira, 28 de abril de 2010

AS MULTIPLAS FACETAS ESCOLA

AS MULTIPLAS FACETAS ESCOLA
QUE LUGAR É ESSE



INTRODUÇÃO:

Neste trabalho pretendemos tecer crítica discursiva sobre o que realmente seja esse espaço chamado escola e as múltiplas facetas que ocorrem nesse lugar de convivência e de construção de saberes. É sabido que seja preciso quebrar paradigmas para que esse espaço possa de fato atender as necessidades de seus educando na comunidade em que estes estejam inseridos os fazendo refletir sobre o que permeia o mundo globalizado e as teias cuja quais estamos por muitas vezes submetidos sem nos dar conta disso
Diante do momento em que vivemos é notória a necessidade de travar discussões a cerca do curso que é preciso dar a esta tarefa de extrema responsabilidade que é construir o conhecimento para que esse possa servir de base nas decisões de cada homem e mulher que estamos ajudando a formar para a sociedade a qual estamos inseridos. A escola em sendo lugar de construção de saberes precisa, conhecer bem a comunidade, para desenvolver seus trabalhos no sentido de fazer cada aluno perceber o lugar onde se encontram e o lugar, onde querem chegara, e isso só se dará se os educarmos dentro de uma visão crítica e reflexiva.
Interessante é o que diz Milton Santos "lugar é o objeto ou o conjunto de objetos. A localização é um feixe de forças sociais se exercendo em um lugar." Isso caracteriza o lugar como imóvel e a localização como lugar móvel. Vendo a escola como lugar onde saberes são cotidianamente desenvolvidos para a formação dos cidadãos e observando que lugar é onde existe a construção desses saberes apropriados e próprios do conhecimento. Lugar esse que vivemos em grupo cada um com seu sentimento de pertencimento, marcando o tempo através das relações historicamente vividas, da convivência solidária e afetiva construindo cadeias entre essas relações. Percebendo o que diz: AUGÉ, Marc, “O espaço do não-lugar não cria nem identidade singular, nem relação, mas solidão e semelhança”, a escola poderia ser vista como lugar. E essa seria uma de suas facetas.
A escola seria um lugar, pois, além de tudo, ela é um espaço que possui histórias, e que desabrocha saberes, relações de parcerias, de amor, de confronto, de companheirismo e de solidariedade de todo o corpo que nela habita, a convivência com a comunidade e com os educando é solidária e cada um vai deixando suas marcas registradas de afetos e desafetos. Mas nesse mesmo espaço há situações que fogem ao controle e muitas vezes nos deixamos levar por imposições às quais devêssemos dizer não ou ainda nem percebemos as teias às quais estamos emaranhados.
Assim o currículo poderá nos servir de aliado nessa marcha rumo a uma educação libertária, o Mestre Paulo Freire em sua fala ressalta a necessidade dos educadores gerarem possibilidades para a construção ou produção do conhecimento pelos alunos. Insistindo que “...ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção”, o conhecimento precisa ser vivido, testado, testemunhado pelo promotor pedagógico. Por sermos seres humanos esse raciocínio nos cabe e, como tal, temos consciência que somos inacabados. (pág 52)
Na organização do currículo é preciso considerar pontos básicos:
Primeiro o currículo não é objeto neutro. O currículo transporta ideologia, e a escola precisa determinar e desvelar os componentes ideológicos do conhecimento escolar que a classe dominante utiliza para manter seus privilégios. O ato do conhecimento escolar implica uma reflexão interpretativa e crítica, tanto da cultura que domina, quanto da cultura popular. O currículo expressa cultura.
Segundo ponto o currículo não pode ser desprendido do contexto social, vez que ele é historicamente, situado, e culturalmente determinado.
Terceiro ponto reporta ao tipo de organização curricular que a escola deve adotar. Em geral, nossas instituições têm sido orientadas a organização hierárquica e fragmentada do conhecimento escolar. A escola precisa inovar formas de organização curricular, em que o conhecimento escolar (conteúdos) estabeleça uma relação aberta e se inter-relaciona- em torno de uma idéia que possa inteirar.
Adaptar a organização curricular para fins libertários implica, em aclarar as visões, simplistas de sociedade, formada como um todo homogêneo, e o de ser humano, como alguém que aceita papéis precisos à sua adaptação ao contexto em que se encontra. Na visão crítica o controle social, é uma ajuda e contribuição para a contestação e a resistência à ideologia veiculada por intermédio dos currículos escolares.
Após o exposto voltemos ao lugar que a escola ocupa nesse contexto se bem observarmos o que toca à contraposição entre os conceitos de lugar antropológico e não-lugar, é relevante ressaltar que os lugares se entrecruzam, contrapõem- se, nos não-lugares, e vice-versa. Assim será mais justo afirmar que a escola é um entre-lugar, sinal de um momento em que o currículo precisa se alargar em seus conceitos e noções, abarcar as disciplinas na construção dos saberes múltiplos.
CONCLUSÃO:


Concluímos o trabalho observando que as possibilidades das discussões e leituras feitas a cerca do CURRÍCULO: ESPAÇO, TEMPO, LUGARES E SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM ministrada pelo professor Cleverson, nos arrebatou a um pensar mais apurado sobre a nossa prática, a extrema necessidade de não pararmos por aqui, em nossas investigações e ações de um fazer pedagógico cada vez mais critico reflexivo. E assim o que foi possível tecer sobre o que realmente seja esse espaço chamado escola e as múltiplas facetas que ocorrem nesse lugar de convivência e de construção de saberes. É sabido que seja preciso quebrar paradigmas para que esse espaço possa de fato atender as necessidades de seus educando na comunidade em que estes estejam inseridos, os fazendo refletir sobre o que permeia o mundo globalizado e as teias cuja quais, estamos por muitas vezes submetidos, sem nos dar conta disso
Freire retoma em sua fala a necessidade dos educadores criarem as possibilidades para a produção ou construção do conhecimento pelos alunos. Insiste que “...ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção”, e que o conhecimento precisa ser vivido e testemunhado pelo agente pedagógico. Esse raciocínio existe por sermos seres humanos e, como tal, temos consciência que somos inacabados. (pág 52)
Assim compreendemos a escola como um entre-lugar, sinal de um momento em que o currículo precisa se alargar em seus conceitos e noções abarcar as disciplinas na construção dos saberes múltiplos de seus educando e nela havendo, as relações de conflito, acomodação, reflexão, critica, e saberes a serem construídos numa prática libertária, mas sem perder de vista que estamos subordinados ao capitalismo e a globalização. Estamos indo a passos curtos na transformação desse espaço em lugar ou será utópica, tal afirmação.
REFERÊNCIAS:

• Currículo, Diversidade e Equidade, Roberto Sidnei Macedo, EDUFBA, 2007.
• Currículo: Questões Atuais, Antonio Flavio B. Moreira, Alfredo Veiga Neto, Elizabeth Fernandes de Macedo, José de Souza Miguel Lopes, Lucíola Licínio de Castro P. Santos, Sandra Mara Corazza, PAPIRUS, 2004.
• Documentário sobre Milton Santos – “ Um Diálogo com Milton Santos”.
• Da Totalidade ao Lugar, Milton Santos, EDUSP, 2005.
• FREIRE, Paulo Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática
• Filme A Missão, 1986, Roland Joffé.
• Educativa. São Paulo:. Paz e Terra, 2002. 165 páginas.
• O Espaço do Cidadão, Milton Santos, NOBEL,1987
• http://br.geocities.com/jorgematheus2002/09mst.htm, acessado dia 04 /07/2008
• http://revcom2.portcom.intercom.org.br/index.php/famecos/article/view/368/298 Revista FAMECOS • Porto Alegre • nº 23 • abril 2004 • quadrimestral acessado 06/07/2008
• VEIGA, Ilma P.A. (org) “O Projeto Político Pedagógico da Escola: Uma construção possível. 11ª ed. Campinas, Papirus, 2000



AIDIL BISPO BRAGA

terça-feira, 27 de abril de 2010

PROFESSORA EM APUROS

Dedicada professora, cumpridora de todos os seus deveres, mulher de pulso e muito recatada, adorava lecionar, em verdade era sua maior satisfação. Passava os fins de semana fazendo tarefas diversificadas para as turmas em que lecionava; nas datas comemorativas costumava fazer cartazes e murais com os temas em foco para a decoração da sala, gostava de tudo bem arrumado e em seus lugares.

Passou o final de semana arrumando as provas e trabalhos dos alunos, para que tudo estivesse perfeito no dia da festa de fim de ano. E ela já começara a sentir saudades da turma mesmo antes da festa ter começado, só de pensar que passará as férias, distante dos alunos, sofria. Preparou tudo com esmero, comprou as lembrancinhas, sabe como é toda professora quer dar um presente a seus alunos. Arrumou todas as sacolas em cima da mesa para que, na manhã seguinte, não esquecesse nada.

Acordou cedo, fez as coisas de costume e lá se foi carregada de sacolas, pasta e classificadores. Feliz da vida dirigiu-se a parada de ônibus e aguardou pacientemente que ele passasse. Às seis e trinta da manhã veio o ônibus e a professorinha pega seus materiais, sobe, arrasta-se entre os três degraus e um pequeno corredor até chegar à borboleta de passageiros.
Diz a professora sorrindo ao cobrador.
- Bom dia!
Ele responde com ar animador.
- Bom dia!
Ela pega o dinheiro da carteira e paga a sua passagem. Aguarda que o cobrador lhe dê seu troco. Em meio à espera... o motorista que estava a correr muito, deu uma brecada e... Imaginem só, a professora vestia um vestido de botões de pressão e a roupa se abriu completamente!
O cobrador, que não era besta nem nada, tentava um lance. Com as mãos ocupadas e o motorista correndo muito, a moça fica sem jeito, envergonhada, sem saber mesmo o que fazer.
De repente, joga todas as coisas que portava na mão em cima de um dos bancos e o cobrador continua a olhar a cena, não se dispõe a ajudar a professora, apenas olha com olhos maliciosos, a coitada, cada vez mais nervosa ...

Agarra com veemência ao ferro do ônibus e tenta fecha os botões, sem se dar conta de que abotoará tudo errado.
Abre-o outra vez, expondo seu corpo aos olhares de todos que se encontram no coletivo. Mais nervosa que antes, trêmula e envergonhadíssima tenta mais uma vez fechar as vestes.

Agora sim, consegue.
Aliviada, pega seus pertences, pois já estava próxima a parada onde ficaria .
Agarra-se ao cordão de pedido de parada...
Mais um arranque do motorista destrambelhado...
Em meio a mais um grande susto, a moça anda apressadamente para sair daquele inferno...
Aproxima-se dos degraus de descida que também são três.' Não olha em direção ao motorista diante de tanta indignação que sente pelo que há pouco passara.
O motorista a chama. - Moça?
-Tenha um ótimo dia!
Baixa a cabeça e pensa:
- Miserável, ainda tem coragem de me dirigir a palavra!
Desce do ônibus, quase tropeçando.
O sinal fecha.
Anda apressadamente em direção a outra parada de ônibus; ainda enfrentará outra condução até chegar à escola.
Quando o sinal abre, a professorinha já aguardar o próximo ônibus na parada, ouve um grande barulho da buzina do ônibus do qual a pouco havia descido e de lá, em coro, cobrador e motorista gritam.
- Gostosa! Vê se amanhã vem com esse vestido dinovo!
Sem graça, pensa:
- Onde já se viu...
Um jovem aproxima-se e gentilmente pergunta se ele quer ajuda. Ela aceita.
Ele a ajuda a segurar as sacolas, até que vem o próximo coletivo a ser pegado.
Por coincidência, o moço gentil também irá pegar a mesma condução e a ajuda.
Mais uma vez sobe os degraus e um pequeno corredor até chegar a borboleta passa por esta paga a passagem e acomoda-se em um dos assentos. Em seguida o rapaz gentil senta-se a seu lado e puxa um papo.

- Você é professora?
-Sim!
- Percebi pelos materiais carregados, disse ele.
A conversa foi ficando animada.
Ao chegarem ao destino, tendo agora que se separar, pois cada um ma para lugares distintos,
O moço disse!
- Você tem um corpo lindo...
- Não entendi! Disse ela.
E o moço afastou-se a dizer...
- Eu a vi com o vestido todo aberto. És linnnnda mesmo!!!
Foi-se, sem permitir que a professora dissesse nada.
Ela pensou.
- Estes homens são todos uns... e rasgou um palavrão...
Na vida acontecem coisas que a gente nem imagina!!!!
Aidil braga

terça-feira, 6 de abril de 2010

“CONVOCAÇÃO GERAL!!!”





Nunca recebi convocação tão bem convocada!
Assim me sinto ornada
Vou...
Sem medo
Sem tal pavor...
Vou prá tal convocação
Levarei o peito aberto!
O sorriso de sempre
E a certeza certamente.
Como é bom
Estar com essa gente!

terça-feira, 23 de março de 2010


ACHO QUE O CUPIDO ME FLECHOU....

Sei que irá dizer que já sabia...
Será demais falar do que EU sinto por VOCÊ?
Ainda que seja vou dizer...

VOCÊ é o CARA...
Maravilhoso é desfrutar SUA COMPANHIA
É estar em estado de EUFORIA
É poder...
É gostar...
É ir alem sem precisar sair do lugar...

Se a alegria em mim fazia morada
Agora ME sinto alegre todos os dias...
VOCÊ chegou assim... Sei lá bem explicar, mas me faz AMAR.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

SAUDADE





SAUDADE
É o nome do sentimento que me consome por dentro,
É algo que me aperta o peito,não me permite respirar,
É apenas o fumo tóxico que polui o meu ar.

VIVEMOS


Vivemos o efeito das reações das nossas ações...
Se me sinto sem AMOR é porque não Amo como gostaria de ser AMADO...
Se não me PROCURAM é porque não procuro como quero ser PROCURADO...
Se me sinto DESAMPARADO é porque não estou AMPARANDO quem precisa...
Se bem pararmos pra observar o que tenho... É exatamente o que OFEREÇO...
Brindemos, reflitamos mais e mudemos o curso dos nossos pensamentos se assim convier, E...
ENCONTRAREMOS DE CERTO A PAZ, O AMOR E CONFOTO PARA A ALMA!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009



Quem sou “Eu”
Mistura de raça
Onde o negro é predominante
Minha pele é bonita cor de ébano
Eu sou muito importante
Sou um negro estudante.
Tenho característica marcante
Meu nariz é chato, meu cabelo é crespo
Mas não perco por mim o respeito.
Tem gente que não gosta de mim
Meus ancestrais vieram da Mãe África
Negros, nariz chato, boca carnuda e
bunda arrebitada
Por ser negro, sou uma pessoa arretada!

Escola Municipal do calabetão
Produção Coletiva 3ª série A
2006